O hinduísmo possui duas vertentes: a monista e a dualista.
A dualista é Dvaita, "dividida", onde o princípio divino, Deus, é diferente de sua manifestação, o Cosmo.
Já Advaita significa "sem divisão", e corresponde à vertente monista.
No monismo, tanto Deus como sua manifestação, o Cosmo, são vistos como a mesma coisa.
A versão monista foi desenvolvida principalmente por Adi Shankara, provavelmente no século 8.
Aqui seguem seus principais conceitos:
De acordo com Adi Shankara, Deus, o Supremo Espírito Cósmico ou Brahman é o Um, o todo e única realidade. Exceto Brahman, todo o resto é falso, incluindo o universo, os objetos materiais e as pessoas. Brahman é descrito como a infinita, onipresente, onipotente, incorpórea, impessoal realidade transcendente que é o fundamento de todos os seres.
Brahman é muitas vezes descrito como neti neti que significa "não isto, e nem aquilo", pois não pode ser corretamente descrito como isto ou aquilo. É o fundamento disto e daquilo, é o fundamento de todas as forças, das substâncias, de toda a existência, é o indefinido, o fundamento de tudo, o não nascido, a verdade essencial, o imutável, o eterno, o absoluto.
Como pode ser corretamente descrito como algo do mundo material quando ele mesmo é a base da realidade?
Brahman está além dos sentidos, assim como não é possível a um cego descrever corretamente as cores, é indescritível. Ele, embora, não sendo substância, é a base do mundo material, o qual, por sua vez, é uma das suas ilusórias transformações. Brahman não é efeito nem causa do universo. Brahman é a pura autoconsciência, e ilumina tudo como sua infinita fonte de luz.
Devido à ignorância (avidyā), Brahman é confundido com o mundo material e seus objetos. Brahman não possui atributos nem forma (Nirguna Brahman). É auto-existente, é o Absoluto e o Indestrutível (não é objeto de adoração, mas sim de meditação). É impossível descrever Brahman. É melhor caracterizado como "Satchidananda" ("Sat" + "Chit" + "Ananda"), ou seja, Verdade Absoluta, Consciência Absoluta e Eterna Bem-Aventurança).
Brahman é muitas vezes descrito como neti neti que significa "não isto, e nem aquilo", pois não pode ser corretamente descrito como isto ou aquilo. É o fundamento disto e daquilo, é o fundamento de todas as forças, das substâncias, de toda a existência, é o indefinido, o fundamento de tudo, o não nascido, a verdade essencial, o imutável, o eterno, o absoluto.
Como pode ser corretamente descrito como algo do mundo material quando ele mesmo é a base da realidade?
Brahman está além dos sentidos, assim como não é possível a um cego descrever corretamente as cores, é indescritível. Ele, embora, não sendo substância, é a base do mundo material, o qual, por sua vez, é uma das suas ilusórias transformações. Brahman não é efeito nem causa do universo. Brahman é a pura autoconsciência, e ilumina tudo como sua infinita fonte de luz.
Devido à ignorância (avidyā), Brahman é confundido com o mundo material e seus objetos. Brahman não possui atributos nem forma (Nirguna Brahman). É auto-existente, é o Absoluto e o Indestrutível (não é objeto de adoração, mas sim de meditação). É impossível descrever Brahman. É melhor caracterizado como "Satchidananda" ("Sat" + "Chit" + "Ananda"), ou seja, Verdade Absoluta, Consciência Absoluta e Eterna Bem-Aventurança).
Atman
Atman ou Self (Alma) é o próprio Brahman. Não se trata de uma parte que finalmente se dissolve em Brahman, mas Brahman em sua totalidade. Agora, os questionadores perguntam, como pode uma alma individual confinada em cada corpo ser o próprio Brahman?
Adi Shânkara explica que Atman (Self) não é um conceito particular. Atman é apenas um e único, é um conceito universal. Realmente, Atman por si mesmo é: Atman Ekaatma Vaadam. A existência de vários Atmans é um conceito falso: Anekaatma Vaadam. Shânkara diz que assim como a mesma lua aparece como várias luas em suas reflexões sobre a superfície ondulada da água, Atman aparece como múltiplos atmans quando é refletido por Maya.
Atman, sendo o implícito observador de todas as modificações, é livre e não é afetado por felicidade ou sofrimento porque está além da experiência. Não é afetado pelo Karma porque não age (Aaptakaama). É incorpóreo e independente.
Quando o reflexo de Atman é contaminado por Avidya (ignorância), Atman torna-se jīva - ser vivo com corpo e sentidos. Cada jiva sente como se fosse uma unidade distinta de Atman, chamado jivatman. O conceito de jiva é apenas relacional. Em nível transcendental, jivatman se transforma em Atman que é idêntico a Brahman.
Shânkara demonstrou a relatividade, e a natureza irreal do mundo objetivo e declarou a verdade do Advaita (Um sem um segundo) através das análises dos três estados de consciência - vigília (vaishvanara), sonho (taijasa), e de sono profundo (prajna). Wikipedia: Atman
Maya
Segundo Shânkara, Māyā é o poder de Brahman de criar ilusões. Através do qual o próprio Brahman pode ser visto como o mundo material composto de formas distintas. Maya tem duas funções principais - uma é a de "ocultar" Brahman da percepção humana ordinária, e a outra é a de apresentar em seu lugar o mundo material. Māyā não pode ser descrito, porém, pode-se dizer que todos os dados sensoriais introduzidos na nossa consciência através dos cinco sentidos são Māyā, pois a realidade fundamental subjacente à percepção sensorial torna-se completamente oculta. Diz-se, também, que Māyā não é completamente real nem completamente irreal e, daí, o indescritível. O seu refúgio é Brahman, mas Brahman não é afetado pelas ilusões de Maya, exatamente como um mago que não é enganado por sua própria magia.
De acordo com as Upanishads apenas Brahman é real, mas nós percebemos o mundo material como real, Shânkara explicou esta anomalia com o conceito do poder de ilusão de Māyā.
Moksha
Liberação ou Moksha (Nirvana do budismo) – O Advaita Vedanta proclama Maya como a causa do sofrimento, e só o conhecimento de Brahman (Jnana) pode destruir Maya. Quando, finalmente, Maya é removido não existe nenhuma diferença entre o Jiva-Atman e Brahman. A pessoa que atinge em vida esse estado (turiya) é chamada Jivan mukti. Enquanto se está em nível fenomenal, pode-se cultuar Deus de qualquer maneira e sob qualquer forma, como Krishna, Ayyappa ou qualquer outra forma, o próprio Adi Shânkara era adepto de culto devocional ou Bhakti. Mas Shânkara reconhecia que, embora os sacrifícios védicos, e os cultos devocionais (puja) pudessem levar ao verdadeiro conhecimento (jnana), eles seriam incapazes de levar a Moksha.
Editado por Bacana
Texto original: http://mokshadharma.blogspot.com/2008/10/mimansa.html
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