Simbologia do Número 7 (Sete)


O número SETE é o mais presente em toda filosofia e literatura sagrada desde os tempos imemoriais até os nossos dias.
O número SETE é sagrado, perfeito e poderoso, afirmou Pitágoras, matemático e Pai da Numerologia. É também considerado um número mágico. É um número místico por excelência. Indica o processo de passagem do conhecido para o desconhecido.
O SETE é uma combinação do TRÊS com o QUATRO; O TRÊS, representado por um triângulo, é o Espírito; o QUATRO, representado por um quadrado, é a Matéria. O SETE podemos dizer que é Espírito na Terra, apoiado nos quatro Elementos, ou a Matéria “iluminada pelo Espírito”. É a Alma servida pela Natureza.

O número QUATRO que simboliza a Terra, associado ao TRÊS, que simboliza o Céu, permite inferir que o SETE representa uma Totalidade em Movimento ou um Dinamismo Total, isto é, a Totalidade do Universo em Movimento.

O SETE é o número da Transformação, é a primeira manifestação do homem para conhecer as coisas do espírito, as coisas de Deus, a Criação. Ele é o número da Perfeição Divina, pois no sétimo dia Deus descansou de todas as suas obras. Ao lado do TRÊS, é o mais importante dos números sagrados na tradição das antigas culturas orientais.

Entre os judeus a concepção oriental do SETE se manifesta no Candelabro de sete braços (MENORAH), que representa tanto a divisão em Quatro partes da órbita da Lua, que dura 4 vezes 7, quanto os sete planetas.

Na Europa Medieval dava-se muita importância aos grupos de sete:
Havia SETE dons do Espírito Santo, representados na arte gótica em forma de Pomba;
SETE eram as virtudes;
SETE eram as artes;
SETE as ciências;
SETE eram os sacramentos;
SETE pecados capitais; e
SETE pedidos expressos no Pai Nosso.

Na Antiga China o SETE deveria ser associado, enquanto número ímpar, ao princípio masculino do Yang (cf. yin-yang), mas exprimia a ordenação dos anos de vida da mulher, que hoje se sabe estão presentes de forma similar também na vida do homem. A repetição por sete dias também era importante no culto dos mortos: a cada sete dias depois do falecimento, até o 49o.dia eram organizados festejos e sacrifícios em memória do morto. No sétimo dia do sétimo mês ocorria uma grande festa para as jovens mulheres e as moças.

Podemos citar ainda várias outras “coincidências” (?) em relação ao SETE: São 7 as notas musicais, foram 7 as pragas do Egito, são 7 os Arcanjos, são 7 as obras de misericórdia. 7 são os níveis de densidade da matéria que nos envolve. O arco-íris tem 7 cores. Nossas células todas mudam de 7 em 7 anos. Temos 7 glândulas endócrinas. São sete os nossos chacras. Os 7 dias da semana também marcam profundamente nossos ritmos.


Os sete dias da semana do candelabro judaico

  Entre os judeus, o sete adquire uma importância muito especial, não apenas para os cabalistas (a cabala é a doutrina secreta do judaísmo), mas mesmo entre os membros da religião oficial. O sete está presente em um dos principais objetos do culto, ou seja, a menorah, o candelabro de sete braços. E o sete aqui possui uma função bern definida. Acendem-se as sete velas do Candelabro antes da oração do Shabat, isto é, quando tem início o descanso do sábado, o dia sagrado. A luz da vela simboliza a consciência individual, em oposição a luz do sol (o Shabat tem início quando surge a primeira estrela no céu da sexta-feira), que é o símbolo da consciência universal. Assim, o candelabro de sete braços refere-se não apenas aos sete dias da Criação (incluindo-se evidentemente o Shabat, dia do descanso), mas também ao impacto que as leis divinas causaram sobre os homens. Sete são os planetas da antigüidade. Assim, a luz da vela do braço central simboliza o repouso com relação às seis luzes “planetárias” e significa a consciência que o povo judeu tem acerca de Deus: “Estai quietos e ficai sabendo que Eu sou Deus”. Esta ordem é a razão de ser do descanso sabático.
  
Por outro lado, é muito interessante o simbolismo numérico das seis luzes exteriores. Essa disposição mostra que os defeitos dos três princípios da criação se encontram polarizados no homem, uma vez que cada par de luzes ocupa extremos opostos dos três ramos semicirculares. Isto significa que o princípio de exteriorização pode manifestar-se como sociabilidade de um lado e como agressividade do outro. Os princípios de reconciliação estão no único lugar onde a polarização não aparece, ou seja, no centro. Mas o centro é o próprio homem.

  Assim, no simbolismo do candelabro de sete braços, o homem aparece como o centro da Criação e sua parte mais importante, capaz de dominar e de conciliar o todo. Dessa maneira, o homem estaria destinado a desempenhar perante a natureza o mesmo papel que Deus representa diante do universo.
  Talvez seja por isso mesmo que François-Xavier Chaboche, em seu livro Vida e Mistério dos Números, tenha chegado á seguinte conclusão: “Sete... a liberdade, a luz, o sucesso e a alegria de viver!”.


Símbolo da medicina e os chacras da ioga

Ainda entre as culturas antigas, vamos encontrar o sete simbolizado no caduceu, símbolo ainda usado pela medicina e que foi descoberto na forma utilizada ainda hoje em uma taça suméria datada de 2600 anos antes de Cristo.

O caduceu consiste em duas serpentes iguais, enroscadas em um bastão, sendo que o seu significado original era, sem dúvida alguma, triplo. Pode ter sido o símbolo do Bem e do Mal (as duas serpentes) que se reconciliam em um terceiro elemento (o bastão), visto por muitos como o símbolo da eternidade. Na versão original sumeriana as serpentes se cruzam sete vezes, incluindo-se as pontas das caudas e as duas cabeças que apenas se tocam.

Sabendo-se que os sumérios tiveram um contato muito grande com a civilização hindu, alguns autores acreditam que o caduceu dos sumérios também se referia aos sete chacras, centros ou gánglios que podem ser despertados pelos que praticam ioga, quando conseguem ver o kundalini, a feroz força da serpente que, segundo a hatha-ioga, encontra-se enroscada na base da espinha.

O despertar do sétimo chacra equivale, para o iogue, a entrada no sétimo paraíso maometano. Existe uma simetria entre esses dois símboIos. Mas o que nos interessa no caso é a relação entre o caduceu sumério e a ioga hindu: o fato de os iogues referirem-se ao kundalini como a força da serpente faz do caduceu a representação ideal do despertar dessa força.


TEMOS CICLOS DE VIDA DE SETE EM SETE ANOS.
A cada sete anos encerramos um ciclo de vida e entramos noutro. Todas as grandes mudanças ocorrem entre o final de um ciclo e o início de outro.

Até os 7 anos a criança é INOCENTE.

A partir daí, até os 14 anos, ela aprende a ser esperta, a fazer jogos, a usar máscaras. Aos 14 anos desabrocha a sexualidade e ela se interessa pelo outro. Uma nova visão de vida surge e ela começa a sonhar e a fantasiar.

Com 21 anos surge a necessidade de ser poderoso: ter mais dinheiro, tornar-se famoso, conquistar prestígio.

Aos 28 anos ela começa a se assentar, a pensar em segurança, conforto, conta bancária.
Chegando aos 35 anos novamente uma mudança começa a acontecer. Surgem considerações sobre o significado da vida, da morte e entra o medo. É também a idade onde algumas doenças começam a se manifestar.

Com 42 anos uma pessoa começa a ficar religiosa. Agora, a morte e o significado da vida, não são mais só assuntos intelectuais e ela começa a ser dar conta que se quiser realmente quisermos fazer algo, é bom começar logo. Com 42 anos a pessoa precisa de alguma religião, assim como aos 14 ela necessitava um relacionamento sexual.

Ao chegar aos 49 anos ela se assenta em relação à religião. Ela já encontrou algumas respostas que vão além do mundo material e objetivo. Com 56, se as coisas ocorrerem naturalmente e a pessoa seguir seu ritmo, ela começa a ter alguns vislumbres do divino.

Com 63 anos, se tudo continuar seu curso natural, ela terá seu primeiro “satori” – compreensão, iluminação. E se isto acontecer nessa idade, ela poderá ter uma morte bonita, pois ela será uma porta para o divino.
A cada sete anos o corpo chega a um ponto aonde o velho vai e o novo se assenta e há um período transitório. Nesse período TRANSITÓRIO, tudo é LÍQUIDO. Se você quiser que alguma nova dimensão penetre em sua vida, este é o momento preciso! Quando as coisas são líquidas, a transformação é fácil.
Dentro dos grandes ciclos do mundo, nós estamos vivendo esse período TRANSITÓRIO, onde tudo é LÍQUIDO. Velhos códigos e mandamentos tornaram-se inúteis e novos padrões ainda não estão assentados.
Este é, portanto, um período onde grandes mudanças podem ocorrer, novos rumos podem ser tomados e toda a humanidade está se dando conta disso.


O padre-nosso cristão e a simbologia do sete

  São sete as ciências naturais, são sete as virtudes, são sete os pecados capitais, assim como são sete os sacramentos, as notas musicais, os gênios persas, os arcanjos judaico-cristãos.
 No próprio cristianismo vamos encontrar o sete na base da sua principal oração. O padre-nosso inicia com uma invocação e termina com uma dedicatória. Entre o princípio e o fim vamos encontrar sete petições:
 1Santificado seja o Vosso nome;
2 - Venha a nós o Vosso reino;
3 - Seja feita a Vossa vontade, assim na Terra como no Céu;
4 - O pão nosso de cada dia nos dai hoje;
      5 - Perdoai as nossas dívidas assim como perdoamos aos nossos devedores;
6 - Não nos deixeis cair em tentação;
7 - Livrai-nos do mal.
 Como vemos, das sete petições presentes no padre-nosso as três primeiras são dirigidas a Deus e as quatro seguintes ao homem. Isso nos remete a um outro mistério que cerca o número sete enquanto número da Criação. O sete é a junção do 3 (divino) e do 4 (físico e humano).
 Anteriormente, no Livro da Gênesis, víramos que Deus, ao criar o mundo, dedicou os três primeiros dias à criação dos “campos” onde as criaturas agiriam nos quatro dias restantes.
 Essa divisão é válida e pode ser observada na maioria dos exemplos onde o sete servir de base. Nas sete virtudes, três são sobrenaturais (fé, esperança, caridade) e quatro são cardeais (prudência, justiça, fortaleza e temperança). Os sete pecados capitais se dividem em três que pertencem ao espírito (soberba, ira, inveja) e quatro que pertencem ao corpo (luxúria, gula, avareza e preguiça). Dos sete sacramentos da igreja católica, três se referem a vida espiritual (batismo, confirmação, eucaristia) e os quatro restantes referem-se á vida mundana (penitência, ordem, matrimônio, extrema-unção). Portanto, para entendermos totalmente o significado do número sete, temos que analisar anteriormente os números 3 e 4, ou seja, o ternário e o quaternário.


Alguns dos muitos conjuntos onde o 7 aparece.


7 Dias da Semana
Domingo
Segunda - Feira
Terça - Feira
Quarta - Feira
Quinta - Feira
Sexta - Feira
Sábado


7 Planetas Astrológicos
Sol
Lua
Mercúrio
Vênus
Marte
Júpiter
Saturno 

7 Cores do Arco Íris
Vermelho 
Laranja 
Amarelo 
Verde
Azul 
Anil  
Violeta

7 Notas Musicais
Dó 
Ré 
Mi 
Fá 
Sol 
Lá 
Si

7 Mares
Mar Adriático
Mar Arábico
Mar Cáspio
Mar Mediterrâneo
Mar Negro
Golfo Pérsico
Mar Vermelho

7 Pecados Capitais
Gula
Avareza
Luxúria
Ira
Melancolia
Acídia (Preguiça)
Orgulho

7 Virtudes Divinas
Castidade
Generosidade
Temperança
Diligência
Paciência
Caridade
Humildade


7 Arcanjos
Miguel
Gabriel
Rafael
Uriel
Fanuel
Zaraquiel
Simiel 

7 Metais da Alquimia
Chumbo
Cobre
Estanho
Mercúrio
Ferro
Prata
Ouro

7 Chakras Principais 
Muladhara
Svadhistana
Manipura
Anahata
Vishudda
Ajna
Sahasrara      

Dança dos 7 Véus 
Um dança mística da cada véu representa um chakra.
Vermelho
Laranja
Amarelo
Verde
Azul
Lilás
Branco
  
7 Deuses da Boa Sorte e Felicidade (Xintoísmo)
Daikoku 
Bishamonten
Ebisu
Fukurokyu 
Benzaiten
Hotei 
Jurojin



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